Por que assistir FRINGE?

Acredito que a pergunta mais pertinente quando o assunto é FRINGE seria “por que não assistir FRINGE?”.

A menos que você não curta ficção científica, ação, um bocado de suspense e um romance que nunca dá certo para apimentar as coisas, você é louco se não curte FRINGE. Todo mundo sabe que eu sou fascinada por FRINGE e não consigo encontrar um ponto negativo sequer nessa série.

As pessoas sempre me pedem recomendação de séries. Sempre recomendo FRINGE. Aí me perguntam “Por que essa série é tão boa?”. E como não ser? Já falei tudo o que ela tem; por alto, claro, porque é coisa demais pra série de menos (episódios de 42 minutos).

Pessoas que não gostam de “coisas nojentas” costumam não gostar de FRINGE. Motivo:

No contexto do episódio, essas “nojeiras” fazem todo o sentido.

Pessoas que não curtem suspense também costumam desprezar a série. Eu mesma já levei muitos sustos enquanto assistia FRINGE, mais pelo fato de sempre assistir com o fone no ouvido e no volume máximo do que pela cena em si.

Coisas que consideramos impossíveis, como teletransporte, reanimação de cadáveres (ainda que apenas temporariamente), telecinese e o diabo a quatro... FRINGE tem!

Um cientista maluco que passou 17 anos no manicômio trabalhando para o FBI... FRINGE tem!

Mistérios que nem os próprios personagens sabem bem ao certo como explicar... FRINGE tem!

Universos paralelos com duas versões de cada personagem... FRINGE tem!

A evolução das temporadas

A primeira temporada nos foi apresentada como uma série de investigação criminal que envolvia o estranho e desconhecido. Os “casos do dia” eram muito bons e pareciam isolados, até descobrirmos que tudo fazia parte de um “padrão”.

Na segunda temporada, começamos a ser introduzidos à existência de um universo alternativo, que é criado a cada escolha que tomamos, formando, assim, um universo onde a escolha foi diferente e, consequentemente, toda a sua vida.

Na terceira temporada, tivemos episódios intercalados, alguns se passavam “do lado de cá” (tradução literal do termo “Over Here”, utilizado na série), outros se passavam “do lado de lá” (“Over There”). Nossos personagens queridos ganharam versões alternativas e os atores tiveram trabalho em dobro!

A quarta temporada teve uma reviravolta magnífica que deixou todos os fãs com medo do que aconteceria despois da season finale da terceira temporada. Os produtores tinham duas opções. A primeira seria modificar a série de maneira tão catastrófica que nem os fãs mais assíduos conseguiriam continuar assistindo. A segunda seria continuar com o nível que a série vem mantendo desde sua primeira temporada e utilizar essa mudança drástica para arrumar mais problema para os personagens principais (que quase resolveram tudo na temporada anterior).

Felizmente, a segunda opção prevaleceu. Vale repetir aqui que é apenas uma questão de opinião. Opinião de uma fã fascinada por FRINGE. Mas, ainda assim, apenas uma opinião.

Por que não assistir FRINGE?

Na minha humilde concepção de seriadora assídua, FRINGE é a melhor série de ficção científica já criada na televisão americana (That’s righ, I said it.). É claro que estou lembrando de Arquixo X; acha que sou besta? Não sei se é porque eu tinha uns 15 anos quando assistia Arquivo X ou se é pelos efeitos que na época não eram tão bons, mas considero FRINGE melhor do que Arquivo X. BOOM!

Se você faz parte do grupo de pessoas que não curte suspense e “nojeira” (estou usando essa palavra porque foi assim que ela me foi apresentada), eu realmente não recomendo FRINGE. Mas se você curte uma série com ação, suspense, situações de partir o coração e, claro, um humor sutil implantado em um roteiro brilhante, recomendo que assista FRINGE.

Versões alternativas dos personagens Olivia Dunham (Anna Torv) e Walter Bishop (John Noble).

Premiações

Quase nenhuma! FRINGE é um evento sobrenatural em si porque ninguém entende como a série pode ser tão pouco reconhecida pelas maiores premiações da televisão americana. Premiações europeias e especializadas em ficção científica já reconheceram a série e seus atores (cada um interpretando dois personagens).

O site Box de Séries fez uma previsão para as premiações do universo alternativo. Pelo menos lá a série é reconhecida.

A audiência da série também não é lá grandes coisas. A Fox, emissora que transmite FRINGE nos Estados Unidos, mudou o dia de exibição. Agora, FRINGE vai ao ar toda sexta-feira, às 21h. Sexta-feira é um péssimo dia para depender de audiência para continuar existindo. Ninguém quer ficar em casa em plena sexta-feira à noite assistindo seriados (Bom, eu quero!).

Para uma noite de sexta-feira, a audiência da série até que é boa, mas tem caído vertiginosamente nesta quarta temporada. Alguns dos motivos para esta queda são: mudança no enredo da série, o que fez algumas pessoas (não fãs) pararem de acompanhar semanalmente; as pessoas não assistem na hora que é transmitido, por causa do dia e do horário, mas gravam no DVR para assistir depois, e estes números não fazem parte da audiência.

A questão é que FRINGE luta contra o cancelamento desde sua primeira temporada. Os fãs fazem campanhas nas redes sociais, utilizando a hashtag #SaveFringe no Twitter, desde 2008. Até hoje tem funcionado. Os atores e os produtores que se comunicam pelos fãs pelas redes sociais ou através de entrevistas dizem que FRINGE tem um legado de fãs fieis. E sabemos disso porque o que não faltam são sites sobre a série e o Tumblr só falta ser um universo alternativo para ser mais FRINGE.

Até maio de 2012 FRINGE está garantida, ou seja, a quarta e atual temporada terá um fim. Resta saber se será o fim de mais uma temporada, deixando os fãs loucos com uma season finale intensa (como sempre) ou se veremos Olivia, Peter, Walter, Astrid, Lincoln, Broyles e Nina (e suas versões alternativas) pela última vez.

Como fã da série, só peço para que, se houver mesmo o cancelamento, tenhamos um aviso prévio e um encerramento digno ao invés de nos deixar querendo mais e desaparecer para sempre... E nos deixar sem a resolução de tantos mistérios.

O elenco da quarta temporada de FRINGE (da esquerda para a direita): Jasika Nicole, Lance Reddick, John Noble, Anna Torv, Joshua Jackson, Blair Brown e Seth Gabel.